Sunday, July 29, 2012

"Volto por minhas asas..." (Lorca)

Preciso voltar a escrever... Sinto falta, tenho urgência nisso. Mas é tão difícil escrever quando se está feliz. É, estou passando por bons momentos na minha vida, mas sinto falta desse espaço... Talvez por isso hoje eu acordei com vontade de ouvir músicas diferentes. Escutei muita música para buscar inspiração. Acho que estava em busca da tristeza. Fui questionada se estava triste. Não, eu não estava, mas estava pesquisando, fazendo laboratórios, ouvindo letras e melodias que pudessem me trazer algumas palavras para voltar a escrever.
É engraçado como as palavras saem muito mais fáceis na tristeza, na desilusão, no abandono. Na alegria, não é necessário palavras porque a felicidade é vida e a vida a gente aproveita ao invés de ficar encarando um papel branco que te diz tantas coisas nos momentos de angústia. A tristeza é trancar-se no quarto escuro revivendo momentos, relembrando fatos, cantando as palavras que travam na garganta e não querem sair no momento devido, ou para o real destinatário.
Mas vou continuar buscando. Ouvindo essas músicas que gosto tanto. Trazer delas a inspiração que me falta.
Quero voltar a escrever poemas, acrósticos, contos... tudo que puder ser lançada neste espaço e de repente vir a ser algo maior. Por que não?

Sunday, July 01, 2012

Museu da Língua Portuguesa

E hoje a manhã foi de passeio cultural. Fui ao Museu da Língua Portuguesa na Estação da Luz. Me surpreendi logo de cara. Mergulhei em um Universo de Palavras e respirei poesia desde o primeiro passo. Deixei me levar por Fernando Pessoa, Castro Alves, Manuel Bandeira, Monteiro Lobato e me emocionei com cada verso recitado... Todo esse ambiente me lembrou do porquê eu ter escolhido Letras para meu futuro como professora.
Foi muito bom, me senti uma universitária novamente, sedenta por esse conhecimento e essas palavras que jogam na nossa cara que não somos nada, que não somos ninguém sem elas. Que o amor não tem significado se não for praticado, que é sacrilégio pronunciá-lo em vão, que é sagrado demais para deixá-lo apenas no papel. Que a sociedade padece do mal que ela mesma planta. Que o Brasil é lindo e temos de nos orgulhar por morar nele, que temos que cuidar do que ainda é nosso. Que a língua nos pertence e é a única coisa que ninguém nunca poderá nos tirar.
Claro que tem aquela parte de museu, com a história e as curiosidades. Mas também é muito interessante e vale a pena parar para ler a teoria, de forma interativa.
Por fim, tem a exposição do grande Jorge Amado, o autor de um dos melhores livros que já li no meu tempo de escola: Capitães da Areia. Muito bom poder ouvir trechos de seus livros, ou ler partes dos seus escritos divididos por temas.
Enfim, é um lugar para se banhar de cultura e sair renovado. Valeu muito a pena!