Sunday, October 05, 2014

Eleições 2014 (ou Mais do Mesmo - ou Revolta à Flor da Pele)

Tenho meu título de eleitor desde os 16 anos. Com 17 anos fui às urnas pela primeira vez. Desde então, faço questão de exercer meu direito e dever de cidadã. Tenho para mim que se eu me abster, perco o direito de reclamar, reivindicar e lutar por aquilo que acredito.

Hoje, depois de tanto tempo, justifiquei meu voto. E me senti incomodada por isso. Tudo bem que as opções de escolhas são péssimas, tendo que escolher entre o péssimo e o menos pior. Não deveria ser assim, mas é. Mesmo assim, eu queria ter tido minha oportunidade de fazer a minha escolha. E isso me faz considerar, que mesmo que o voto não fosse obrigatório (e não deveria ser) eu iria votar... Iria sair da minha casa, enfrentar as filas na minha seção eleitoral e iria apertar os botõezinhos para ter o meu direito de reclamar.

Sabe, com tudo que li e vi esses dias que antecederam as eleições, as pessoas gritando suas indignações nas redes sociais, com e sem razões, racional ou irracionalmente, me fez parar para pensar que a gente reclama tanto da política, da roubalheira, dos candidatos que são sempre os mesmos, mas, na verdade, o que precisa mudar é o eleitor. 

As pessoas não sabem exercer seu direito votando em quem elas realmente acreditam. Estão tão preocupadas em votar contra um determinado candidato que deixam de lado aquilo que realmente importa, que é um plano de governo, um passado decente, algo que, ao menos, justifique racionalmente e criticamente um candidato merecer o nosso Brasil, o nosso Estado, ser a nossa voz. A NOSSA VOZ!!! As pessoas não tem consciência da importância que é esse dia, que é essa escolha. Tudo por ser obrigatório.

Hoje fiquei me perguntando: "Se o voto fosse facultativo, será que não conseguiríamos uma mudança real na situação do país?" Porque, veja bem, se fosse opcional só quem realmente se importa iria até as urnas. Só as pessoas interessadas em ter uma mudança significativa lutaria para isso.

Estou cansada... Cansada de gritar por algo e o governo, seja qual for - Municipal, Estadual, Federal - olhar para minha cara com aquele sorriso irônico de "sou eu quem decido". Não é... Não deveria ser. Vocês, queridos governantes, deveriam governar pelo povo, ouvir a nossa voz e reproduzí-la ao nosso favor. 

Estou cansada de abrir meu holerith e saber que ele não paga meu aluguel, a prestação de uma casa, enquanto os nossos governantes tem contas até fora do país. Saber que o meu salário de um ano, chega perto do que eles ganham por mês, para governarem por nós. 

Qual é a dificuldade das pessoas entenderem isso? Tá tudo muito bem para todos se absterem e darem de ombros. Ok, você não tem problemas, mas e o seu vizinho? Seu filho estuda em escola particular, você tem convênio de saúde, está protegido no seu 4x4 parado no trânsito da cidade... Deixa eu te contar uma coisa: o mundo é muito maior do que esse seu escritório de luxo. A Educação está decadente, saúde, segurança, transporte público, você jamais vai saber o que é depender disso. Porque você continua sendo conivente com o governo que administra uma minoria, que favorece apenas aqueles que não precisam de atenção.

Eu nem sei o porquê ainda me importo. Seria tão mais fácil fechar meus olhos para o que acontece à minha volta, porque apesar do meu salário de professora, não posso reclamar da minha vida. Eu tenho meu carro, tenho convênio, viajo de quando em quando, aproveito meus dias e minha vida. Não me falta nada. Mas me incomoda saber que TODOS deveriam ter isso. TODOS tem o direito de ter, pelo menos, suas 3 refeições diárias, ter um trabalho para sustentar sua família, ter um transporte decente para se locomover pela cidade, ter a certeza que vai sair de casa pela manhã e voltar em segurança para sua esposa, seus filhos no final da tarde. 

Eu fico decepcionada, me sinto até deprimida por me importar tanto. Eu não sou melhor que ninguém, não sou diferente de ninguém, mas sinto que estou sozinha nessa, que só eu consigo perceber isso. Como as pessoas não veem? Como conseguem ficar tranquilas sabendo de tudo que acontece? Como podem se abster e dar de ombros para o único mecanismo que temos de mostrar nossa voz?

Quer saber, acho que o problema não está nas pessoas... Deve estar comigo mesmo. Já não acho, tenho certeza que eu não sou daqui...

Friday, May 16, 2014

O Canto do Poeta: Edson Bueno de Camargo


Edson Bueno de Camargo é um poeta contemporâneo, autor do livro "A Fome Insaciável dos Olhos" e participa do meu círculo de amizades. Gosto dos escritos dele porque sinto que ele escreve com paixão, suas palavras exalam sentimentos, todos eles. 

Deixo aqui a minha homenagem a este escritor e amigo através do poema abaixo que me tocou no momento em que li. A imagem que acompanha o poema também é dele. Obrigada por deixar que eu compartilhasse um pouquinho de ti no meu blog!


desconstrução

em que se dá 
a construção do suicídio
nos três aspectos do abandono
ocaso das horas 
silêncio do mundo
e ausência do verbo

a língua inflamada de vocábulos 
que não são ditos
pesada corrente 
que é o viver mesmo depois de morto (o sentido)

a palavra presa ao céu da linguagem
feito uma lanterna japonesa
um balão noturno antes da chuva
cintilâncias orgânicas 
verdes noturnas

todas as redenções estão perdidas
todos os pássaros voam com navalhas
que cortam o ar e as veias
em asas de ruflar cirúrgico

os corvos buscam
os corpos dependurados
abismados
encharcados de rios e de pedras nos bolsos

os chocalhos das cascavéis 
dizem um tanto
há algo indigesto no farfalhar das folhas
som lento de fogo se alimentando
de veneno fermentando nos dentes
vinho que nunca será bebido

na desconstrução do corpo
não há razões perceptíveis ou necessárias 

nunca houve de fato um sentido no mundo

by Edson Bueno de Camargo

(Conheça um pouco mais dos seus escritos clicando no nome dele)

Thursday, May 08, 2014

Friday, May 02, 2014

O Canto do Poeta: Álvares de Azevedo

Álvares de Azevedo é o meu poeta ultrarromântico favorito. Viveu em uma época onde morria-se cedo, sem conhecer as belezas do amor e as luxúrias da carne. As palavras eram lançadas ao vento cheias de um amor que nunca seria vivido e de desejos adolescentes que se perdiam no túmulo tão precoce.

O tifo levou muitos desses poetas na flor da idade, e talvez por nunca terem passado muito além dos 20 anos, não tiveram tempo de provar o fel da vida, o amargor de um coração partido. Mas também não tiveram a oportunidade de viver seus dias com o entusiasmo dos jovens que se julgam imortais. E foi justamente assim que eles se tornaram imortais, pelas palavras que registraram as lembranças do amor e da dor que nunca chegaram a viver.

Se eu morresse amanhã

Se eu morresse amanhã, viria ao menos
Fechar meus olhos minha triste irmã;
Minha mãe de saudades morreria
Se eu morresse amanhã!

Quanta glória pressinto em meu futuro!
Que aurora de provir e que manhã!
Eu perdera chorando essas coroas 
Se eu morresse amanhã!

Que sol! que céu azul! que doce n'alva
Acorda a natureza mais louçã!
Não me batera tanto amor no peito
Se eu morresse amanhã!

Mas essa dor da vida que devora
A ânsia de glória, o dolorido afã...
A dor no peito emudecera ao menos
Se eu morresse amanhã!

Álvares de Azevedo
(1831 - 1852)

Wednesday, April 09, 2014

Pensando...


Ando cansada... tão cansada... E nem tenho motivos, e nem sei do quê. Ou talvez saiba, mas tenha medo de dizer... Ando cansada demais para escrever aqui, cansada demais para ler um livro, cansada demais para buscar algo novo, cansada demais para ir até a praia que fica a duas quadras de casa.

Eu não sou assim. Já tive momentos assim e realmente não quero passar por eles de novo, mas ando cansada demais para reagir. Querer fazer muita coisa eu quero, mas me falta vontade. Talvez força de vontade.

Minha cama me parece tão companheira e dormir parece a melhor atividade do mundo. Sonhar por cem anos, como Aurora, sem ter que fazer esforço algum para realizá-los. Me abrigar nesse mundo onírico onde tudo se resolve com um abraço ou olhares amigos.

O silêncio incomoda, a música incomoda, a TV incomoda. Tudo é difícil de fazer. Cada ação exige um longo momento de convencimento, meu cérebro brigando consigo mesmo para forçar meu corpo a agir. E a procrastinação prevalece. As coisas andam, são feitas, mas mediante a um esforço sem tamanho e quase tudo em cima da hora, porque os minutos passam muito mais rápido do que a lista de considerações para me convencer a fazer as coisas.

Sei que é momento, que é fase. Sei que vou reagir uma hora dessas. Só não sei quando. Talvez eu mereça curtir os momentos de preguiça, afinal, as obrigações eu tenho feito. Lentamente, mas tenho.

Para quem vivia uma vida de correria sem fim, às vezes sem tempo sequer para um copo d'água, parar de repente, ter tantos dias de folga, sabendo que deveria estar na ativa, talvez não seja algo tão saudável. Faz a gente querer diminuir de vez o ritmo. Faz a gente pensar que tudo que se quer é sentar de frente para o mar e ver o sol nascer e se por quantas vezes Deus nos permirtir. Acho que falta um pouco de moderação entre a correria e o descanso.

E a cabeça faz um barulho tremendo. Ainda bem que tenho essa penseira onde posso desabar parte desse falatório sem fim. O ócio permite que se abram espaços em branco na cabeça e esses espaços tem que ser preenchidos. E são lembranças, desejos, sonhos, vontades que acabam ficando por ali mesmo...

Mas passa... Já passou um dia, vai passar de novo... Enquanto isso, continuo aqui, ouvindo o silêncio misturado com o som do vento nas folhas das árvores, deixando que minha cabeça me leve de viagem a outros lugares, planejando tanto e fazendo tão pouco...

Mas são momentos, vai passar! Eu sei que vai...

Wednesday, March 12, 2014

Quarta Nota - Love Song, The Cure

"O amor passa por nossa vida e fica, permanece, cria raízes na alma. Deixa a sensação de conforto, de proteção e é espalhado como palavras ao vento, na forma de uma canção de amor."


)

Canção de Amor

Sempre que estou sozinho com você
Você faz com que eu me sinta em casa de novo
Sempre que estou sozinho com você
Você faz com que eu me sinta inteiro novamente

Sempre que estou sozinho com você
Você faz com que eu me sinta jovem de novo
Sempre que estou sozinho com você
Você faz com que eu me sinta divertido novamente

Independentemente da distância
Eu sempre vou amar você
Independentemente do tempo que eu fique
Eu sempre vou amar você
Quaiquer palavras que eu diga
Eu sempre vou amar você
Eu sempre vou amar você

Sempre que estou sozinho com você
Você faz com que eu me sinta livre de novo
Sempre que estou sozinho com você
Você faz com que eu me sinta limpo de novo

Independentemente da distância
Eu sempre vou amar você
Independentemente do tempo que eu fique
Eu sempre vou amar você
Quaiquer palavras que eu diga
Eu sempre vou amar você
Eu sempre vou amar você

Wednesday, March 05, 2014

Quarta Nota - In Between Days, The Cure

Este mês estou retomando músicas em inglês com um belo clássico: The Cure. Enjoy it with me!!!

"E tem horas que a gente quer se desfazer de tudo, mandar embora, apagar qualquer vestígio, esquecer completamente o que passou... Mas algo fala mais alto, a raiva momentânea dá lugar ao arrependimento e a única coisa que importa é ter tudo de volta..."



Dias Intermediários

Ontem eu fiquei mais velho
Senti como se fosse morrer
Ontem eu fiquei mais velho
E isso me deu vontade de chorar

Vá em frente, vá em frente
Só suma daqui
Vá em frente, vá em frente,
Sua escolha está feita
Vá em frente, vá em frente
E desapareça
Vá em frente, vá em frente
Vá para longe daqui.

E eu sei que estava errado
Quando eu disse que era verdade
Que não poderia ser eu e ser ela
no meio

Sem você
Sem você

Ontem eu fiquei tão assustado
E tremi como uma criança
Ontem longe de você
Me gelou por dentro profundamente

Volte, volte
Não vá embora
Volte, volte,
Volte ainda hoje
Volte, volte
Por que você não entende?
Volte, volte
Volte prá mim

E eu sei que estava errado
Quando eu disse que era verdade
Que não poderia ser eu e ser ela
no meio

Sem você
Sem você





Sunday, March 02, 2014

Palavra sobre Palavra - Carnaval

"Carnaval, Carnaval, Carnaval,
Eu fico triste quando chega o carnaval."


Evoé Baco!

Na folia, na magia
No vinho que é meu fraco.

Evoé Baco!

Na fantasia, na alegria
No fundo de um olhar opaco

Evoé Baco!

Na riqueza, na beleza
Que se sobrepõe aos barracos

Evoé Baco!

Na mocidade, na felicidade
Nas mãos trêmulas deste velhaco

Evoé Baco,

Na baderna, Na taverna
Naqueles que já perderam a fé.

Baco, Evoé!

Paty - março/2014

Apesar da citação a cima, este poema foi só um jogo de palavras a partir do poema Bacanal, de Manuel Bandeira. (link aqui para o poema)


Wednesday, February 26, 2014

Quarta Nota - Tempo Perdido, Legião Urbana

"Nenhum tempo é perdido! Mesmo diante de promessas não cumpridas, mesmo diante de tempestades que se formam, mesmo diante do desperdício de sentimentos. Nenhum tempo é perdido... se for vivido intensamente..."

)


TEMPO PERDIDO

Todos os dias quando acordo
Não tenho mais o tempo que passou
Mas tenho muito tempo
Temos todo tempo do mundo

Todos os dias antes de dormir
Lembro e esqueço como foi o dia
Sempre em frente
Não temos tempo a perder

Nosso suor sagrado
É bem mais belo que esse sangue amargo
E tão sério
E selvagem, selvagem, selvagem

Veja o sol dessa manhã tão cinza
A tempestade que chega é da cor
Dos seus olhos, castanhos
Então me abraça forte
E diz mais uma vez que já estamos
Distantes de tudo

Temos nosso próprio tempo
Temos nosso próprio tempo
Temos nosso próprio tempo
Não tenho medo do escuro
Mas deixe as luzes acesas

Agora, o que foi escondido
É o que se escondeu
E o que foi prometido
Ninguém prometeu
Nem foi tempo perdido

Somos tão jovens
Tão jovens
Tão jovens.

Saturday, February 22, 2014

Voto de Casamento

Não me dê flores!

Dá-me sua mão para caminharmos juntos pelos jardins do mundo e acompanharmos o nascer de cada primavera.

Dá-me seu sorriso para iluminar nossos dias, trazendo o sol para aquecer nosso coração e acordarmos toda manhã como se fosse um dia de verão.

Dá-me teu carinho para juntarmos nossas forças e continuarmos nossa jornada, enfrentando os obstáculos e recolhendo as folhas do outono.

Dá-me teu amor, para que junto com o meu amor nos aqueçamos e possamos proteger um ao outro das frias tardes de inverno.

E eu te darei minha mão, meu sorriso, meu carinho e todo amor que houver nesta vida...

Eu sempre quis a sorte de um amor tranquilo e, hoje, aqui e agora, posso afirmar que o tenho contigo. Quero agradecer por esse amor que recebo todos os dias, toda atenção, carinho, respeito.

Com esse nosso ato, esse novo passo que estamos dando, eu quero te prometer o meu amor. Não vou te prometer a eternidade, porque não posso prometer algo que não possuo. O amanhã não nos pertence, não pertence a ninguém. Porém há uma citação que diz: "A melhor forma de prever o futuro é criá-lo hoje." E o hoje eu posso te prometer e isso eu te garanto: que o amor que sinto por você é o que me move, é o que me faz querer acordar todos os dias ao teu lado, é o que alegra meu coração e me leva a cuidar de nós para que nosso amor seja infinito.

E não é isso o amor? É o cuidar para que ele esteja sempre vivo e vibrante. E é justamente o que temos feito nesses quase 5 anos: estamos criando o nosso futuro.

Hoje, aqui e agora, estamos dando mais este passo para firmar nosso compromisso de amor, companheirismo e amizade. Quero estar contigo a cada passo, cada sorriso, cada obstáculo. E mais do que isso, eu quero cuidar de nós, "eu cuidarei do seu jantar, do céu e do mar e de você e de mim."

Isso sim eu posso te prometer e te confirmar com o meu SIM!


Patrícia - fev/2014
Voto matrimonial feito para meu esposo no dia do nosso casamento.

Wednesday, February 19, 2014

Quarta Nota - O Descobrimento do Brasil, Legião Urbana

"Não importa o que se passa nessa vida, chega um momento que tudo que queremos é descansar, ter um ombro para encostar nossa cabeça e ali ficar. Não adianta ficar esperando por um passado que se foi ou imaginar um futuro que talvez nunca chegue. De repente todas as respostas surgem. E elas vem daquela pessoa que está ao nosso lado, que para sempre está e para sempre estará. Daí esta é a hora de arrumar um lugar para viver esse amor tranquilo."



O DESCOBRIMENTO DO BRASIL

Ela me disse que trabalha no correio,
E que namora um menino eletricista
Estou pensando em casamento
Mas não quero me casar.
Quem modelou teu rosto?
Quem viu a tua alma entrando?
Quem viu a tua alma entrar?
Quem são teus inimigos?
Quem é de tua cria? A Professora
Adélia, a tia Edilamar e a tia
Esperança
Será que você vai saber
O quanto eu penso em você
Com o meu coração?
Será que você vai saber
O quanto eu penso em você
Com o meu coração?
Quem está agora ao seu lado?
Quem para sempre está?
Quem para sempre estará?
Ela me disse que trabalha no correio
E que namora um menino eletricista
As famílias se conhecem bem
E são amigas nesta vida
Será que você vai saber
O quanto eu penso em você
Com o meu coração?
Será que você vai saber
O quanto eu penso em você
Com o meu coração?
A gente quer um lugar prá gente
A gente quer é de papel passado
Com festa, bolo e brigadeiro.
A gente quer um canto sossegado
A gente quer um canto de sossego
Estou pensando em casamento
Ainda não posso me casar
Eu sou rapaz direito
E fui escolhido pela menina mais bonita.

Friday, February 14, 2014

O Canto do Poeta - Florbela Espanca

AMAR

Eu quero amar, amar perdidamente!
Amar só por amar: aqui... além...
Mais Este e Aquele, o Outro e toda gente...
Amar! Amar! E não amar ninguém!

Recordar? Esquecer? Indiferente!...
Prender ou desprender? É mal? É bem?
Quem disser que se pode amar alguém
Durante a vida inteira é porque mente!

Há uma primavera em cada vida:
É preciso cantá-la assim florida
Pois se Deus nos deu voz, foi para cantar!

E se um dia hei de ser pó, cinza e nada
Que seja a minha noite uma alvorada
Que me saiba perder... para me encontrar...

Florbela Espanca

Wednesday, February 12, 2014

Quarta Nota - Mil Pedaços, Legião Urbana

"Separação... Nunca agrada as duas partes. Uma sempre sobra. Sempre fica no vazio de que algo deveria ter sido feito. Mas fazer o quê? Não se obriga o amor... O amor, simplesmente se vai, como veio um dia... Mas quando ele vai embora, vai só de um lado... O outro fica juntando os pedacinhos e seguindo o caminho como é possível. Voltar atrás não é uma opção. E nem é orgulho. A questão é que é para frente que se anda. Seja com a alegria ou as frustrações, a vida não pode parar."




MIL PEDAÇOS

Eu não me perdi
E mesmo assim você me abandonou
Você quis partir e agora estou sozinho
Mas vou me acostumar
Com o silêncio em casa
Com um prato só na mesa

Eu não me perdi
O Sândalo perfuma
O machado que o feriu

Adeus, adeus, adeus, meu grande amor

E tanto faz, de tudo que ficou
Guardo um retrato seu
E a saudade mais bonita

Eu não me perdi
E mesmo assim ninguém me perdoou
Pobre coração
Quando o seu estava comigo era tão bom

Não sei o porquê acontece assim e é sem querer
O que não era prá ser:
Vou fugir dessa dor
Meu amor, se quiseres voltar
Volta não,
Porque me quebrastes em mil pedaços.

Sunday, February 09, 2014

Versando


"Te amo, mas não te quero mais
E ao mesmo tempo te quero tanto
Que meu coração, tonto de espanto,
Nem imagina do que o amor é capaz."

Paty - junho/1997

Friday, February 07, 2014

O canto do Poeta - Metade, Oswaldo Montenegro

Metade

Que a força do medo que tenho
Não me impeça de ver o que anseio
Que a morte de tudo que acredito
Não me tape os ouvidos e a boca
Porque metade de mim é o que grito
Mas a outra metade é silêncio.

Que a música que ouço ao longe
Seja linda ainda que tristeza
Que a mulher que eu amo seja sempre amada
Mesmo que distante
Porque metade de mim é partida
E a outra metade é saudade

Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece
Nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta
a um homem inundado de sentimento
Porque metade de mim é o que ouço
Mas a outra metade é o que cala.

Que essa minha vontade de ir embora
Se transforme na calma e paz que mereço
Porque metade de mim é o que mereço
Porque metade de mim é o que penso
E a outra metade é um vulcão

Que o medo da solidão se afaste
Que o convívio comigo mesmo
Se torne ao menos suportável
Que o espelho reflita em meu rosto
Um doce sorriso que me lembro de ter dado na infância
Porque metade de mim é lembrança do que fui
E a outra metade eu não sei.

Que não seja preciso mais do que uma simples alegria
Para me aquietar o espírito
E que teu silêncio me fale cada vez mais
Porque metade de mim é abrigo
Mas a outra metade é cansaço

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saia
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade para fazê-la florescer
Porque metade de mim é a platéia
E a outra é canção

E que minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade... também!

Oswaldo Montenegro


Wednesday, February 05, 2014

Quarta Nota - Andrea Doria, Legião Urbana

Primeiro Quarta Nota de fevereiro e nem fiz um post de apresentação do mês. Fevereiro nos aguarda com muitas mudanças, muitas novidades. Escolhi a minha banda preferida para tocar neste mês: Legião Urbana. Tentarei não ser tão óbvia, mas amo todas as músicas e, na verdade, não sou eu quem as escolhe para colocar aqui, elas que me pedem baixinho, com jeitinho, para fazer parte desse meu espaço. Começamos com uma das minhas preferidas: Andrea Doria.

"Estrada... sempre temos que escolher por qual seguir... E, às vezes, as opções são tantas... A grande questão é que nem sempre dá para voltar atrás, pois nunca teremos uma segunda chance de refazer, reviver, reinventar o momento, porque ele passa. Não importa qual seja a estrada, o importante é viver da melhor forma possível, fazer tudo com o maior zelo possível e amar com todas as forças do coração. Porque o momento é único... e ele passa..."




Andrea Doria

Às vezes parecia
Que de tanto acreditar
Em tudo que achávamos tão certo

Teríamos o mundo inteiro
E até um pouco mais
Faríamos floresta do deserto
E diamantes de pedaços de vidro

Mas percebo agora
Que o teu sorriso
Vem diferente
Quase parecendo te ferir.

Não queria te ver assim
Quero a tua força
Como era antes
O que tens é só teu
E de nada vale fugir
E não sentir mais nada.

Às vezes parecia
Que era só improvisar
E o mundo então seria
Um livro aberto...

Até chegar o dia
Em que tentamos ter demais
Vendendo fácil
O que não tinha preço

Eu sei é tudo sem sentido
Quero ter alguém
Com quem conversar
Alguém que depois
Não use o que eu disse
Contra mim

Nada mais vai me ferir
É que eu já me acostumei
Com a estrada errada
Que segui
E com a minha própria lei

Tenho o que ficou
E tenho sorte até demais
Como sei que tens também.



Monday, February 03, 2014

Para falar de amor...


"O amor é uma das forças mais poderosas no ser humano; no mínimo, uma força que ninguém pode ignorar. E, em todas experiências de amor, nas bem sucedidas e nas fracassadas, o ser humano aspira por amor verdadeiro; por um amor que não fira nem destrua, mas que vivifique e enobreça; que não controle e aprisione, mas que liberte e abra espaço para a vida."

Anselm Grum

Sunday, February 02, 2014

Festa no Mar


E hoje é o dia dela: A Rainha das Ondas e Sereia do Mar.

Dois de Fevereiro é o dia que celebra-se o dia de Nossa Senhora dos Navegantes, ou, no sincretismo religioso, Iemanjá.

Hoje, um dia quente demais, escolhi o final da tarde para caminhar até a praia e sentar-me nas pedras observando a beleza das ondas que chegam até a praia, molham nossos pés e lavam a nossa alma.

Como boa filha de Iemanjá, eu também precisava participar dessa festa. Precisava ir lá, conversar com ela e agradecer. Pedir não, só agradecer por todas as bênçãos que recebo diariamente. Agradecer por tantas lágrimas que ela recolheu e tantas alegrias que ela me trouxe.

Agradecer por ela ser a minha grande intercessora junto a meu pai Oxalá e por toda proteção vinda deles.

Fui fazer minhas orações e jogar as minhas flores (simbolicamente para não sujar o mar). Fui sentir o aroma de seu perfume que me dá a força necessária para continuar meu caminho.

Fui ver a festa no Mar, com as crianças brincando nas águas da Mãe-Sereia e com as pessoas caminhando calmamente pelas areias brancas da praia. Fui me sentar e contemplar, ainda sem acreditar que este é o lugar onde vou morar por, pelo menos, os próximos dois anos...

"Retira a jangada do mar
Mãe d'água mandou avisar
Que hoje não pode pescar
Que hoje tem festa no mar!

Lere lere lere Iemanjá
Ela é, ela é, ela é a Rainha do Mar"

Salve minha Mãe! Salve Iemanjá!

Friday, January 31, 2014

Fevereiro - Mudanças a vista!

Que venha Fevereiro...

Com esse furacão de emoções, com todas essas mudanças, com todas essas novidades. Um misto de pânico e curiosidade me invadem por saber de tudo que me aguarda a partir de agora. Não é mais só um novo ano letivo que começa prá mim. É uma nova casa, uma nova cidade, algumas novas escolas...

Tudo isso há mais de 700km de casa. É interessante como eu sabia de todas essas mudanças, mas só quando me vi tendo que ir para Floripa de um dia para o outro é que minha ficha caiu, meu chão se abriu e a pergunta: "E agora?" surgiu como um paredão na minha frente.

Não que eu não quisesse toda essa mudança. Há meses tenho considerado tantas coisas para encará-la. Mas eu não acho que estava preparada. Não acho também que eu estaria no prazo que me coloquei: final de fevereiro.

Enfim que acabou que o ano letivo começou e as escolas começaram a me contatar para entrevistas, enviar documentos mesmo sem a entrevista, me passar datas de início mesmo sem saber se eu estava empregada.

E agora estou em Floripa. Dois dias, 5 entrevistas e mais uma marcada para a semana que vem. Duas escolas já me ligaram. Sou a mais nova contratada do Colégio Santa Catarina. Uma escola católica que foi fundada por duas freiras Franciscanas vindas da Polônia há 57 anos atrás. Mas só vou trabalhar as 5ª feiras, registrada, direitinho. Volto a pegar as crianças. Mais um desafio.

A outra escola, Colégio Atitude me quer para duas manhãs e uma tarde. Esse ainda estou considerando. Quero passar pela entrevista da semana que vem ainda até poder decidir de forma mais certa.

Mas é muita mudança. Teve momentos de eu achar que não conseguiria dar o próximo passo. Me sentia paralisada de medo. Mas prá quê medo, se não estou sozinha?

Amigos que me deram a mão, colo, carinho. A força diária que sinto dos meus Orixás e guias que me acompanham. Meu Pai Oxalá junto com minha Mãe Iemanjá que  me acompanham. Não, eu não podia ficar ali parada vendo a vida acontecer. Estava na hora de agir.

E foi assim: respirei fundo, ergui a cabeça e mudei o passo. Caminhando devagar, mas caminhando. Com medo, mas caminhando. Com a Fé de que toda mudança vem para melhor e caminhando.

E que venha Fevereiro... Com tudo!!!

Wednesday, January 29, 2014

Quarta Nota - Luz dos Olhos, Nando Reis

"Olhos são o espelho da alma. Como negar o que dizem os olhos? Pelos olhos reconhecemos o amor, pelos olhos encontramos o que procuramos. Pelos olhos, somente pelos olhos sabemos o que se passa em um coração. Apenas com os olhos, fazemos um convite ou dizemos não. Com os olhos, dizemos nossa intenção, mesmo que os lábios neguem. Por seus olhos, o véu se desfaz e respondo ao seu chamado: Vem!"



LUZ DOS OLHOS

Ponho os meus olhos em você
Se você está
Dona dos meus olhos é você
Avião no ar
Um dia para esses olhos sem te ver
É como chão no mar
Liga o rádio a pilha, a TV
Só prá você escutar
A nova música que eu fiz agora
Lá fora a rua vazia chora

Pois meus olhos vidram ao te ver
São dois fãs, um par
Pus nos olhos vidros prá poder
Melhor te enxergar
Luz dos olhos para anoitecer
É só você se afastar
Pinta os lábios para escrever
A sua boca em minha.

Que a nossa música eu fiz agora
Lá fora a Lua irradia a glória
E eu te chamo, eu te peço: Vem!
Diga que você me quer
Porque eu te quero também

Passo as tardes pensando
Faço as pazes tentando
Te telefonar
Cartazes te procurando
Aeronaves seguem pousando
Sem você desembarcar
Para eu te dar a mão nessa hora
Levar as malas para o fusca lá fora

E eu vou guiando
Eu te espero: Vem?
Diga que você me quer
Porque eu te quero também
E eu te amo!
E eu berro: Vem!
Grita que você me quer
Que eu grito também!
Hei! Hei!

E eu gosto dela
E ela gosta de mim
Eu penso nela
Será que isso não vai ter fim?

Wednesday, January 22, 2014

Quarta Nota - Sei, Nando Reis

"Eu sei... O que os ollhos não são capazes de ver, mas o coração pode sentir. Eu sei... O que o corpo almeja e o que pertence à alma para sempre. Eu sei... O que é esperar pela volta, aguardar o beijo e se derreter com o calor dos corpos em chamas. Eu se... O que o corpo quer e o coração deseja, os lábios que os lábios beijam até que os olhos se fechem, só para guardar aquela imagem e paralisar as horas para que o tempo nunca mais se mova... Eu sei!"



SEI

Sabe, quando a gente tem vontade de encontrar
A novidade de uma pessoa
Quando o tempo passa rápido
Quando você está ao lado dessa pessoa
Quando dá vontade de ficar nos braços dela
E nunca mais sair.

Sabe, quando a felicidade invade
Quando pensa na imagem da pessoa
Quando lembra que os seus lábios encontraram
Outros lábios de uma pessoa
E o beijo esperado ainda está molhado
E guardado ali

Em sua boca
Que se abre e sorri feliz
Quando fala o nome daquela pessoa
Quando quer beijar de novo, muito
Os lábios desejados da sua pessoa
Quando quer que acabe logo a viagem
Que levou ela prá longe daqui.

Sabe, quando passa a nuvem em brasa
Abre o corpo, o sopro do ar que traz essa pessoa
Quando quer ali deitar, se alimentar
E entregar seu corpo prá pessoa
Quando pensa porquê não disse a verdade
É que eu queria que ela estivesse aqui

Sabe, quando a felicidade invade
Quando pensa na imagem da pessoa
Quando lembra que os seus lábios encontraram
Outros lábios de uma pessoa
E o beijo esperado ainda está molhado
E guardado ali

Em sua boca
Que se abre e sorri feliz
Quando fala o nome daquela pessoa
Quando quer beijar de novo, muito
Os lábios desejados da sua pessoa
Quando pensa porquê não disse a verdade
É que eu queria que ela estivesse aqui

Sei
Eu sei




Wednesday, January 15, 2014

Quarta Nota - A Letra A, Nando Reis

"Ah, o mar!!! Como não se encantar com o canto de Iemanjá que nos envolve e serena a dor... Que nos traz seu amor no aroma das ondas que se arrebentam nas rochas. Que nos rodeia de paz e leva toda angústia e tristeza para o fundo do mar... Ah, o mar!!!"





A LETRA A

A letra A do seu nome
Abre essa porta e entra
Na mesma casa onde eu moro
Na mesa que me alimenta

A telha esquenta e cobre
Quando de noite ela deita
A gente pensa que escolhe
Se a gente não sabe inventa

A gente só não inventa a dor
A gente que enfrenta o mal
Quando a gente fica em frente ao mar
A gente se sente melhor

A abelha nasce e morre
E a cera  que ela engendra
Acende a luz quando ela escorre
Da vela que me orienta.

Apenas os automóveis
Centenas se movem e ventam
Certeza é o chão de um imóvel
Prefiro as pernas que me movimentam.

A gente movimenta o amor,
A gente que enfrenta o mal
Quando a gente fica em frente ao mar
A gente se sente melhor


Wednesday, January 08, 2014

Quarta Nota - Prá você guardei o amor, Nando Reis

"Está ali, nasce com você e vai crescendo com o tempo, vai amadurecendo com a experiência... todo amor que há nessa vida e você guarda só para presentear aquela pessoa que há de merecer seu coração..."




PRÁ VOCÊ GUARDEI O AMOR

Prá você guardei o amor
Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar
Sem entregar
E repartir

Prá você guardei o amor
Que sempre quis mostrar
O amor que vive em mim vem visitar
Sorrir, vem colorir solar
Vem esquentar
E permitir

Quem acolher o que ele tem e traz
Quem entender o que ele diz
No giz do gesto o jeito pronto
No piscar dos cilios
Que o convite do silêncio
Exibe em cada olhar

Guardei,
Sem ter porquê
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Prá ter um jeito meu de me mostrar

Achei
Vendo em você
E explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No gelo o fogo vai queimar

Prá você guardei o amor
Que aprendi vendo os meus pais
O amor que tive e recebi
E hoje posso dar livre e feliz
Céu cheiro e ar na cor que arco-íris
Risca ao levitar

Vou nascer de novo
Lápis, edifício, tevere, ponte
Desenhar no seu quadril
Meus lábios beijam signos feitos sinos
Trilho a infância, terço o berço
Do seu lar

Guardei,
Sem ter porquê
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Prá ter um jeito meu de me mostrar

Achei
Vendo em você
E explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No gelo o fogo vai queimar

Prá você guardei o amor
Que nunca soube dar
O amor que tive e vi sem me deixar
Sentir sem conseguir provar
Sem entregar
E repartir

Quem acolher o que ele tem e traz
Quem entender o que ele diz
No giz do gesto o jeito pronto
No piscar dos cilios
Que o convite do silêncio
Exibe em cada olhar

Guardei,
Sem ter porquê
Nem por razão
Ou coisa outra qualquer
Além de não saber como fazer
Prá ter um jeito meu de me mostrar

Achei
Vendo em você
E explicação
Nenhuma isso requer
Se o coração bater forte e arder
No gelo o fogo vai queimar

Friday, January 03, 2014

O Canto do Poeta - Autopsicografia


Autopsicografia

O poeta é um fingidor
Finge tão completamente
Que chega a fingir que é dor
A dor que deveras sente

E os que leem o que escreve,
Na dor lida sentem bem,
Não as duas que ele teve,
Mas só a que eles não tem.

E assim nas calhas de roda
Gira, a entreter a razão,
Esse comboio de corda,
Que se chama coração.

Fernando Pessoa

Wednesday, January 01, 2014

Quarta Nota / Feliz Ano Novo

E o ano de 2014 começa em uma Quarta-feira!!! A sensação de dever cumprido e a chance de recomeçar, fazer tudo diferente ou tudo igual, invade o ar dessa tarde nublada mas escandalosamente quente de Canasvieiras, Florianópolis/SC.

Este é o primeiro post que escrevo da minha nova casa. Este é um ano que me reserva algumas mudanças logo de cara. Mudança de Estado, casamento, novo emprego  (que ainda não consegui). Muitas viagens também, afinal, nem pensar em deixar São Paulo completamente.

Estou empolgada e assustada com tanta mudança, afinal, quem não ficaria? Mas abracei a causa e vamos em frente, com o coração aberto e a fé na alma... Sei que tudo dará certo e que essas novas oportunidades ainda me farão agradecer muito este novo ano por tudo que ele significará para mim.

Sendo quarta-feira, já abro o ano com o Quarta Nota. Convido Nando Reis a trilhar nossa caminhada pelo primeiro mês do ano... E para começar, escolhi uma música onde ele faz uma participação especial: De Janeiro a Janeiro.

Sim, escolhi pelo título... rs...


De Janeiro a Janeiro

Não consigo olhar no fundo dos seus olhos
E enxergar as coisas que me deixam no ar, deixam no ar
As várias fases, estações que me levam com o vento
E o pensamento bem devagar

Outra vez eu tive que fugir
Eu tive que correr para não me entregar
As loucuras que me levam até você
Me fazem esquecer que não posso chorar

Olhe bem no fundo dos meus olhos
E sinta a emoção que nascerá quando você me olhar
O universo conspira a nosso favor
A consequência do destino é o amor,
Pra sempre vou te amar

Mas talvez você não entenda
Essa coisa de fazer o mundo acreditar
Que meu amor não será passageiro
Te amarei de Janeiro a Janeiro
Até o mundo acabar...