O último verso é uma poesia que eu fiz nos idos anos de 1995 quando decidi parar de escrever. Esta decisão foi revogada logo e algumas semanas depois já estava eu escrevendo de novo. O que eu posso fazer se esta é uma das formas mais reais que expresso meus sentimentos?
Vou colocá-lo aqui para compartilhar com vocês...
O Último Verso
Deixo nesta cova mortuária
Todos estes sonhos e fantasias
Que na negra floresta de sangue
Descansem estes versos de alegria!
As eternas poesias de amor
Que declaravam as alegrias da vida
No mórbido baú estarão para sempre
Para que sejam todas esquecidas!
Que a terra acolha estas doces palavras
Estrelas: sejam as vigias de todas elas
Árvores: sejam as melhores protetoras
Guardem estas palavras tão belas.
Lua, se quiserdes, são todas suas
Para ofertar àqueles que lhe têm paixão
Sol, guarde, leve todas que for possível
Para aquecer seu solitário coração!
Pássaros, venham todos me ouvir,
Guardem com cuidado, pois não sei se regresso
Para buscar esses sonhos esquecidos.
Levem também este: o último verso!
Que sejam eternamente guardados
Estes papéis contendo bons momentos,
Todas estas palavras repetidas,
Que sejam levadas pelo vento...
(Paty - 05/05/1995)
Faz tempo, mas é uma das poesias que eu mais gosto, totalmente baseada em Álvares de Azevedo, no poema "Lembrança de Morrer", porque para mim escrever era a minha vida. Hoje não tenho muito tempo. A maior prova disso é esse meu blog, sempre desatualizado... Mas ainda gosto de colocar no papel meus pensamentos. Acho que é aminha forma de ser escutada...
Não sou mais tão mórbida como eu era quando adolescente, mas um dia eu coloco "Lembrança de Morrer" aqui para compartilhá-la com vocês...
Vou ficando por aqui.
Beijos e até a próxima (e que seja breve)
Em busca do pinhão perdido
3 years ago