(foto tirada na Casa de Cultura Mário Quintana em Porto Alegre - jul/09)
Venho nesta sexta-feira homenagear um dos poetas mais Poeta que conheço, que não fazia distinção de poesia e crônica, pois brincava com as palavras como se fosse da família, como se fosse palavras encarnadas, como se tivesse palavras correndo em suas veias e ao misturá-las com seus sentimentos humanos encantou e encanta a todos que se aventuram por seus escritos... Deliciem-se vocês também com Mário Quintana.
- Crônica
Ah, essas pequenas coisas, tão quotidianas, tão prosaicas às vezes, de que se compõem meticulosamente a tessitura de um poema... talvez a poesia não passe de um gênero de crônica, apenas: uma espécie de crônica da eternidade.
- O poema
O poema
essa estranha máscara
mais verdadeira do que a própria face
- Cartaz para uma Feira do Livro
Os verdadeiros analfabetos foram os que aprenderam a ler e não lêem.
- Os Farsantes
Desconfie da tristeza de certos poetas. É uma tristeza profissional e tão suspeita como a exuberante alegria das coristas.
- Texto & Pretexto
O tema é o ponto de partida para um poema e não um ponto de chegada, da mesma forma que a bem-amada é um pretexto para o amor.
(Textos retirados do livro "80 anos de poesia" Mário Quintana, seleção e organização de Tânia Franco Carvalhal, ed. Globo)
Mario Quintana foi um importante escritor, jornalista e poeta gaúcho. Nasceu na cidade de Alegrete (Rio Grande do Sul) no dia 30 de julho de 1906. Trabalhou também como tradutor de importantes obras literárias. Com um tom irônico, escreveu sobre as coisas simples da vida, porém buscando sempre a perfeição técnica.
Faleceu na capital gaúcha no dia 5 de maio de 1994, deixando um herança de grande valor em obras literárias.
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