Friday, June 29, 2007

Fora de moda


Se não estivesse tão fora de moda...

Ia falar de AMOR.

Daquele amor sincero, olhos nos olhos, frio no coração, aquela

dorzinha gostosa de ter muito medo de perder tudo...

Daqueles momentos que só quem já amou um dia conhece bem...

Daquela vontade de repartir, de conquistar todas as coisas, mas

não para retê-las no egoísmo material da posse, mas para doá-la no

sentimento nobre de amar.


Se não estivesse tão fora de moda...

Eu ia falar de SINCERIDADE.

Sabe, aquele negócio antigo de FIDELIDADE... Respeito mútuo... e aquelas

outras coisas que deixaram de ter valor?

Aquela sensação que embriaga mais que a bebida; que é ter, numa

pessoa só, a soma de tudo que às vezes procuramos em muitas...

A admiração pelas virtudes e a aceitaçao dos defeitos, mas,

sobretudo, o respeito pela individualidade, que até julgamos nos

pertencer, mas que cada um tem o direito de possuir...


Se não estivesse tão fora de moda...

Eu ia falar em AMIZADE.

Na amizade que deve existir entre duas pessoas que se querem bem...

O apoio, o interesse, a solidariedade de um pelas coisas do outro e vice-versa.

A união além dos sentimentos, a dedicaçao de compreender para depois gostar...


Se não estivesse tao fora de moda...

Eu ia falar em FAMILIA.

Sim... FAMILIA!!!

Essa instituiçao que ultimamente vive a beira da falência,

sofrendo contínuas e violentas agressões. Pai, Mãe, Irmãos, Irmãs, Filhos, Lar...

Aquele bem maior de ter uma comunidade unida pelos laços

sangüíneos e protegidas pelas bênçãos divinas. Um canto de paz no mundo, o

aconchego da morada, a fonte de descanso e a renovação das energias...

A realização da mais sublime missão humana de sequenciar a obra do Criador...

E depois, eu ia até, quem sabe, falar sobre algo como... a FELICIDADE.

Mas é uma pena que a felicidade, como tudo mais, há muito tempo já

esteja tão fora de moda e tenha dado seu lugar aos modismos da civilização...

Ainda assim, gostaria que a sua vida fosse repleta dessas questões

tão fora de moda e que, sem dúvida, fazem a diferença!

Afinal, que mal faz ser um pouquinho "careta"?


Daniel Alcaraz Sakavicius

Monday, June 25, 2007

Tranque o Quarto

É o tema do exercício cênico da Turma 39 que fui assistir. Sim, era para eu estar lá, partilhando um pedacinho do cenário, mas fiz a minha escolha e não me arrependo. Claro que bateu aquela vontade de estar com eles e até uma certa tristeza por estar fora de cena, mas passou logo. Me diverti muito vendo minha turma. Eles são muito bons e adoro assistí-los, e agora posso ver isso ao vivo e a cores...
Claro que tem pontos a serem melhorados, é estréia, mas eles mandaram bem. Eu que acompanhei o processo consigo ver o crescimento individual de cada, uns mais, outros menos, mas todos conseguiram fazer a sua parte. Foi bem interessante.
O bom é que desde que decidi não participar da finalização do processo eu tenho me reencontrado e aos poucos estou voltando a ser a antiga Paty.
Hoje eu percebi o quanto o teatro me faz falta e o quão importante é estar no palco para mim... Senti reacender a minha paixão pelo teatro e, mais do que nunca, quero voltar.
Não adiant eu ficar triste por ter parado, afinal foi com esse tempo que me dei que consegui levantar a cabeça para seguir em frente com meus objetivos. O teatro para mim, tinha virado uma obrigação, não era mais tão legal, eu não me divertia mais, muito pelo contrário. Cheguei a fazer cenas chorando porque não queria estar ali... Por isso não me arrependo, me sinto feliz, bem, aliviada e pronta para recomeçar minha jornada.
Sei que decidi me trancar no quarto e me recusei a sair, mas foi só assim que eu pude abrir a janela do mundo e para a luz do sol entrar.

"Quem já esteve no palco,
Não se contenta mais em estar só na platéia"

Por isso, Turma 40, me aguarde... Estou voltando!

Sunday, June 17, 2007

Semana D (de Decisões)

Esta semana decidi algumas coisas na minha vida que estavam pendentes, duas principais. A primeira foi a minha remoção: decidi mudar de escola no ano que vem, então já dei entrada na papelada. Agora é só aguardar a relação de vagas e rezar para que haja uma na escola que me interessa.
A minha segunda decisão foi muito mais dolorosa: decidi começar as minhas férias do teatro mais cedo. Pois é, deixei a Turma 39. Não sei bem o que aconteceu, de repente me deu um pânico de apresentar a minha cena e percebi que não iria conseguir fazer isso, continuar insistindo seria apenas por teimosia, não por paixão.
Chorei pacas, eu realmente queria chegar ao 7º Período com meus amigos (passamos por tantas juntos..), mas confesso que me sinto aliviada. É como tirar um peso enorme das costas e a primeira coisa que me vem à mente é "Ufa, acabou!!!". Só me arrependo de não ter feito isso antes, teria me poupado muitas lágrimas e noites de insônia...
Mas não parei definitivamente. Pretendo voltar em agosto, com a Turma 40. Conheço a maioria deles, são nossos afilhados e vou voltar a trabalhar com a Bete e a Marcilene que também já foram da T39. Vai ser bom mudar de ares e poder me dedicar mais ao 4º Período, fazer novas pesquisas, testar novos temas.
Aproveito para deixar aqui meu agradecimento a todos da 39ª turma que me acompanharam até aqui: aqueles que me aturaram apenas por respeito e principalmente aos meus sempre amigos que fazem parte do meu coração.
Quero deixar registrado também que confio muito nessa turma e sei que será feito um ótimo trabalho, como sempre. E eu estarei lá para conferir... Não no elenco, mas na platéia, assistindo de fora dessa vez e torcendo sempre por vocês.

VAI 39... ARRASA!!!