Thursday, December 31, 2015

Adeus Ano Velho

Último dia do ano... Não irei lamentar 2015, como nunca lamentei ano nenhum... Foi-se, acabou.

Valeu por muito que passei... de bom e de ruim. A gente vive, aprende, escolhe. A cada ano é a mesma coisa. E só fica o agradecimento por ter chegado novamente a mais um Réveillon.

Agradecer... Em um tempo em que as pessoas só pensam em cobrar, custa-se muito lembrar de agradecer. A cada um dos 365 dias. Pessoas se foram, não tiveram a mesma sorte de chegar neste dia neste plano... Mas a gente teve: eu, você que está lendo. Estamos aqui para contar mais um ano de histórias.

Li dia desses uma citação do ator Richard Gere que dizia que envelhecer é um privilégio concedido a poucos... E me peguei pensando sobre isso... E concordei.

Qual seria a opção oposta a envelhecer?

Pois é... Eu não sei você, mas eu ainda quero ver muitos anos chegando ao fim, quero ver o mundo se iluminando com os fogos sem barulho tomando conta de todas as cidades, quero colecionar muitos cabelos brancos (que serão devidamente pintados) e muitas histórias para contar para meus sobrinhos e afilhados e para os filhos deles... Porque melhor do que ler e estudar sobre história é poder contar a história que foi vivida... tem muito mais cor, é muito mais verídico!

Por isso, desejo a todos um ano cheio de histórias novas para contar... ou histórias velhas para serem recontadas... pois sempre ficam alguns detalhes para serem amarrados e recoloridos.

Feliz 2016 a todos!!!


Tuesday, December 15, 2015

Azul é a cor mais quente



"Eu às vezes me confundo
Entre o espaço e o oceano
Obeservo bem a fundo
E no azul profundo
Ora sou Céu, ora sou Mar
E qualquer que seja o lugar,
Sei que te amo!"

Paty - dez/2015


Saturday, November 28, 2015

Monday, November 23, 2015

The storm inside

"Aos olhos nus, não passava de uma chuva repentina, mas aqui dentro soava como uma tempestade..."


(Clarice Lispector)


Thursday, October 15, 2015

A paz de te amar

Quero deitar sobre teu corpo
Descansar minha cabeça em teu peito
Acariciar-te com meus dedos
Tocando-te com muito jeito

Beijar seus lábios com doçura
Encontrar-me em seus desejos
Abraçar-te com carinho
Perder-me em seus beijos

Afogar-me em sua boca
Em uma louca obsessão
Escutando em seu peito
As batidas de seu coração

E, sem nenhuma preocupação,
Deixar o dia amanhecer
E encontrar ao seu lado
A verdadeira razão de viver!

Paty - set/94

A minha face de adolescente-poeta... ou poeta-adolescente... quem sabe?

Tuesday, September 29, 2015

O amor errado

O amor errado é aquele que tinha tudo para dar certo... mas deu errado.

Seja por uma brincadeira do destino, ou o desencontro de idades ou a falta de maturidade de um deles (ou de ambos).

O interessante é perceber que o amor errado não deu certo por qualquer motivo, menos pela falta de amor.

O amor errado é cheio de desencontros:

- Estou pronto!

- Eu ainda não...

- Agora estou!

E o outro acabou dormindo no ponto. Não é má vontade ou falta de amor, mas acontece assim. Ou melhor, não acontece.

É nessas horas que a culpa cai nos ombros do destino: foi ele quem não quis... Porque eles... ah, eles queriam muito! Nasceram um para o outro... e que casal lindo eles formam!

Ops, formavam! Porque esse é o conto do amor errado.

Mas se esse é o conto do amor errado, como fica?

Não fica!

Como faz?

Não faz!

Aliás, faz sim... transforma em amizade. Pega-se a avalanche de sentimentos e escava-se até achar a luz no fim do túnel. É lá que mora a amizade, o consolo dos amores errados.

O bom é que o amor errado, certamente é a amizade perfeita e é construída por aquelas pessoas que se entendem perfeitamente e sabem o que acontece uma com as outras. Que estão sempre de mãos estendidas e corações abertos. São duas ou mais pessoas que vivem, sentem, respeitam e seguem cada qual a sua vida, mas como se fossem apenas uma, sempre em contato, participando das vidas umas das outras, porque a cima de tudo se amam intensamente.

É como se fosse uma única alma que ao escolher viver novamente na terra, aceitasse se dividir em quantas partes fossem necessárias para dar conta das tarefas terrenas e, na sua caminhada, fosse reconhecendo suas partes perdidas.

O amor errado ou a Amizade Perfeita é justamente isso: a alma que se dividiu em partes e aos poucos vão se reencontrando, se juntando, se reunindo, se amarrando forte com o laço da amizade que manterá essas partes atadas para sempre.

Saturday, August 01, 2015

Ser ou não ser, eis a questão.


Realmente eu não sei em que livro está escrito que a felicidade e o amor só podem ser verdadeiros através da maternidade.

Sim, tocarei num assunto que, para mim, está muito bem resolvido, mas que incomoda as pessoas de uma maneira geral.

No tardar dos meus 30 e poucos anos decidi terminantemente que a maternidade não era prá mim. Não é, ponto! Mas as pessoas tem uma dificuldade imensa de aceitar que uma frase dessas vindo de uma mulher é uma decisão pensada.

As pessoas, principalmente as mães, se indignam de tal forma que não consideram que essa decisão foi tomada "porque sim". Todos tentam achar um motivo para que a mulher não queira ter filhos. "É algum problema de saúde? Ah, mas você vai mudar de ideia. Ah, você só vai saber o que é amar de verdade depois de ter um filho."

Really? Desculpe frustar todos os argumentos das mamães de plantão, mas eu já considerei todas opções. Ser mãe é mais do que acordar a noite e perder suas horas de sono e blá blá blá... É claro que sei que é. Acredito piamente que ser mãe é uma felicidade indizível, um amor inigualável... eu acredito quando minhas amigas, minha mãe, diz isso. Mas não estou disposta a encarar tudo isso. Não estou disposta a abrir mão do que sou e de quem eu sou por uma outra pessoa. É egoísmo, eu sei, mas, não quero!

Não é que eu nunca quis ser mãe. Eu já quis... e muito. Em outros relacionamentos. Eu já planejei uma vida diferente, quando criança achava que a vida era isso: me formar, casar, ter filhos, morar na praia e ver as crianças crescerem construindo castelos de areia.

Acontece que eu fui crescendo e mudando minha forma de ver o mundo, de agir no mundo, de querer do mundo. Hoje o que eu quero, o que eu sou, meus objetivos não combinam com a maternidade. Não casam...

Em outros relacionamentos eu planejei ter filhos. E, realmente, eu os queria. Mas os planos para os outros relacionamentos não se encaixam no meu atual. Se eu estou com uma pessoa diferente, porque não posso planejar coisas diferentes também? E te garanto, sou tão feliz nesse relacionamento sem filhos, como eu teria sido em outros com crianças.

A questão é que o mundo mudou. Hoje em dia a mulher não fica só em casa para cuidar dos serviços domésticos e do marido e das crianças. Imagino que vida tediosa essas mulheres tinham. Claro que ter filhos nessa época era algo fenomenal, uma felicidade indizível, um amor maior que o mundo. Ter filhos era o diferencial para essas mulheres, evitar a rotina.

Hoje em dia há tanta responsabilidade nos ombros femininos além de cuidar da casa que não me espanta que haja tanta mulher passando para o lado do "não à maternidade".

Sério, eu mal dou conta de trabalhar fora, cuidar de mim e do meu marido e do meu lar, ainda querem colocar uma criança no meio? E ainda, uma criança que vai depender de mim pelo menos pelos próximos 18 anos e mesmo quando não depender mais, eu vou continuar me preocupando com cada passo que ela dá.

Ah, mas a felicidade de ser mãe compensa!!!

Olha, querida, deixa eu te contar uma coisa: A felicidade de não ser também compensa.

Quando as pessoas vão entender que felicidade, amor, maternidade, não precisam estar juntas? Ter filhos ou não ter filhos vai te dar possibilidades diferentes de felicidade. A gente só tem que escolher aquela que mais lhe convém.

Eu só queria que as pessoas parassem de me olhar com certa pena por ter tomado uma decisão dessas. Não tenham pena de mim. Foi uma decisão pensada e considerada... e posso sim mudar de ideia um dia, por que não? Eu tenho só 36 anos, ainda dá tempo.

Posso me arrepender se eu mudar de ideia quando já for tarde demais? Claro que pode me acontecer... mas filho não precisa ser gerado dentro de mim para ser filho certo? Estou ciente que o processo de adoção é demorado e as vezes até falho, mas vai ser a única opção que vai me restar. E vou ter que lidar com o que eu tiver nas mãos.

O que estou dizendo é que quero ser respeitada na minha decisão sem ter que ver aquele olhar de piedade ou sem ter que escutar que eu nunca vou saber o que é felicidade completa. Gente, que apelo emocional mais sem sentido. Com tantas formas de vermos e vivermos no mundo, sério mesmo que a felicidade se resume a só uma possibilidade?

Por isso, querem ser mães, sejam mães! Não querem, estejam bem certas disso porque a sociedade vai te julgar e te pressionar a mudar de ideia e se você não for forte o suficiente nos seus propósitos pode, sim, vir a ser uma mãe relapsa, como muitas mães de alunos que conheço. Não tenho dúvidas que essas mães também amem os seus filhos mais que tudo, mas  mudar o seu caminho de forma forçada pode te causar grandes frustrações como mulher e como pessoa.

Monday, July 20, 2015

Carta de Despedida

A gente nunca sabe quando será a última vez que encontraremos uma pessoa. Jamais pensei que aquela seria sua última festa.

E como fiquei feliz em te encontrar lá, poder, mais uma vez brincar, sorrir, te abraçar...

Você compartilhou momentos importantes e mágicos da minha vida. Esteve no meu casamento, me viu de princesa ao completar 36 aninhos, cantou parabéns comigo. Como eu poderia imaginar que seria a última vez que te teria no meu aniversário?

Ainda bem que pude aproveitar cada reencontro.

Você era a pessoa que sempre estava lá para comemorar. E é essa a lembrança que guardarei comigo. De como foi divertido te ter ali, de estar contigo em todos esses momentos.

Sentirei sua falta nas giras também. Da sensação de bem estar que suas entidades me transmitiam. Como eu sentia a força do seu Caboclo "Sete Flechas", como eu ficava admirada de ver sua Iansã dançar.

Agora, você rompeu as barreiras entre você e eles... Não se pode estar dos dois lados: Para estar com uns, é necessário deixar outros... E nós ficaremos com a saudade e responsáveis por cultivar a sua lembrança e toda alegria que tinhas.

Talvez tenha faltado eu te dizer com todas as letras um "Eu te Amo", mas espero que tenhas entendido isso a cada abraço, a cada beijo que te dei.

Obrigada, tia, por esses momentos tão marcantes, por sua passagem e presença em nossas vidas. Vá em paz e esteja certa que estaremos todos juntos novamente, quando nós também tivermos terminado nossas missões neste plano. Também estou certa de que receberás esta carta no momento certo. Não duvido disso nem por um segundo,

Até mais, tia Rosely!

Friday, June 12, 2015

Declaração de Amor


"O que importa o que passou?
E o que vem, o que importa?
Meu Aqui e Agora é contigo...

Contigo, o futuro se constrói perfeitinho,
Aos poucos,
Nos mínimos detalhes do dia-a-dia.

Contigo, o passado é apenas
Uma breve lembrança perdida
Em meio a bruma do esquecimento."

Paty - 12.06.2015

Ao meu esposo no Dia dos Namorados. Te amo!

Thursday, May 14, 2015

Eu me casei com o Mar.


Eu me casei com o mar
E construí meu sonho de felicidade
Na espuma das ondas
Que morrem na praia...

Eu me casei com o mar,
Sob a luz da lua cheia
E fizemos promessas de eternidade
Nos castelos de areia
Que o vento leva...

Eu me casei com o mar
E adormeci nos braços
De um sonho sem fim
Para acordar no colo da realidade
E viver uma vida sem ti.

Eu me casei com o mar
Para aguardar o amanhecer
Onde sei que hei de te reencontrar.

Paty - maio/2015

Criação a partir da figura em questão

Saturday, April 18, 2015

Brincando



Descobrindo novas formas de brincar com as palavras!!!

Adoro isso!!!

Sunday, March 01, 2015

Palavras ao vento


Palavras que esbarram em nossa essência
E que agarram nossa carência
São só palavras aladas ou caladas.
Voam ou se enterram?

As que escapam voam,
Pelo céu e pelo mar,
Livres como devem ser...

(Sem autor)


Wednesday, February 18, 2015

Coisas que aprendi - parte 2

E nessa caminhada, eu aprendi...

... que não se morre de amor;

... que é possível ouvir estrelas;

... que a lua é a melhor confidente dos amantes;

... "que a vida continua e se entregar é uma bobagem" (Renato Russo);

... que o mar esconde os segredos dos corações partidos e acolhe as lágrimas de almas despedaçadas;

... que um amigo verdadeiro vale mais do que todo ouro do mundo;

... que a amizade não se compra nem se vende;

... que a distância não existe para aqueles que se entregam a um amor ou amizade verdadeira;

... "que a vida podia ser bem melhor e será";

... que dinheiro não cai do céu e nem dá em árvore;

... que cuidar do próprio corpo não é uma questão de estética, mas de saúde;

... que cada um sabe a dor e a delícia de ser o que é;

... que não se ensina nada a quem não quer aprender;

... que política, religião e futebol devem ser discutidos, mas com pessoas que estejam dispostas a ouvir e considerar os argumentos do outro.

... que para discutir religião, futebol e política você deve estar disposto a ouvir e considerar os argumentos do outro;

... "que o ódio não é o real, é a ausência de amor que o faz existir" (Raul Seixas);

... que depende apenas de nós para fazer o nosso dia brilhar;

... que as nuvens existem, porém o sol continua brilhando por trás delas;

... que não há nada como um dia após o outro com uma noite bem dormida no meio;

... que quanto mais olho ao meu redor, mais aprendo, portanto, uma hora dessas eu volto com a parte 3.


Friday, January 30, 2015

Leituras de 2014


Bom, o ano que passou foi um ano bem proveitoso com relação a leituras para mim. Li como há muito tempo eu não lia. Foram 11 livros no ano todo... Onze!!! Quase um livro por mês! Há tempos não me restavam momentos no dia para me dedicar a esse hobby que acabou esquecido no tempo... (e na falta dele...)

Fique bem orgulhosa de mim. Tanto a ponto de escrever um post sobre esses livros. Para quem interessar possa, seguem os títulos que li com uma breve consideração em cada.

- Eu sou Ozzy, Ozzy Osbourne - Auto-biografia dessa figura bizarra do Rock n' Roll. A história é bizarra como ele e tem momentos que realmente não dá para saber se os relatos são sobre algo que  aconteceu mesmo ou se existe uma mistura de ilusões criadas pelo uso constante de bebidas e entorpecentes. Ele relata como sendo reais...Tudo bem que fica um pouco maçante a parte que ele relata dos momento de embriaguez dele... Acaba sendo mais do mesmo, mas vale a pena conferir. O cara é completamente maluco e nos faz questionar como ele ainda está vivo.

- As Brumas de Avalon, Marion Zimmer Bradley - Coleção de 4 livros com os subtítulos de: "A Senhora da Magia", "A Grande Rainha", "O Gamo-Rei" e "O Prisioneiro da Árvore". Não tem como ler um e não ler os próximos. É uma história ótima para quem gosta de literatura fantástica. Lancelot é um cavaleiro apaixonante, bem como a bruxa Morgana. Guinever é de dar nos nervos e em vários momentos há de se desejar a morte dela e Rei Arthur é o Rei de Camelot... Nestes quatro volumes encontramos a histórias desses personagens que conhecemos desde sempre, pois são citados em várias outras histórias, desde livros até desenhos como Pica-Pau.

- A Colônia de Maria, Elaine Paceli -  É um livro umbandista que mostra a vivência no pós vida, como as coisas acontecem na Colônia da conhecida Maria Padilha. É um livro bem mal escrito, mas é um bom estudo para entender como funcionam as coisas do outro lado, como se recebem, recrutam e tratam dos desencarnados que chegam precisando de orientação e tratamento. É um livro bem mal escrito.

- Trilogia Cinquenta Tons de Cinza, E. L. James - Composta por "Cinquenta Tons de Cinza", "Cinquenta Tons Mais Escuros" e "Cinquenta Tons de Liberdade" - Finamente me rendi à curiosidade e fui ler para ter minha própria opinião dos livros, já que uns falavam tão bem e outros execravam os livros. Sim, são livros fortes, com cenas pesadas, mas nos dias de hoje, não sei como as pessoas ainda se chocam com o que leem. Sim, com o que leem, porque ver na novela, na série, nos filmes pode... Sei-lá, acho que existe um falso moralismo por baixo das críticas. Com tudo de violência que vemos hoje em dia (e a qualquer hora do dia), as pessoas ainda se chocam quando se fala de sexo. Bom, a verdade é que existe uma história além de toda pornografia... Não é uma grande história, capaz de se manter por uma trilogia, mas tem. No primeiro livro é envolvente, você torce pelos personagens e tudo mais. Nos demais, as cenas de sexo começam a ficar maçantes a ponto de se pensar: "Porra, de novo?". E o suspensezinho que a autora tenta criar, passa longe de algo envolvente. Bom, opinião de quem está acostumada com Aguatha Christie e Sir Connan Doyle, sorry! Poderia muito bem pegar o início do segundo livro e o final do terceiro, ter colocado como parte do primeiro e voi-là!!! Poderia ter me poupado tempo para ler outros títulos mais interessantes... Agora que venha o filme.

- Se eu ficar, Gayle Forman - Nunca tinha ouvido falar desse livro, nem sabia que existia filme. Mas ganhei de uma amiga (valeu, Carlinha!) e gostei bastante da história. É algo no sentido de "Se fosse verdade" (o livro, não o filme). A história de uma garota que está entre a vida e a morte depois de um terrível acidente de carro onde ela perdeu o pai, a mãe e o irmão mais novo. Ela fica com aquele eterno dilema: ir ao encontro deles ou ficar e tentar levar uma vida normal. Claro que para eu ter gostado do livro ele teve um final feliz. Não falarei mais nada para evitar spoilers...

- A Menina que Roubava Livros, Markus Zusak - Então... Eu já tinha dois exemplares desse livro em casa e tinha me recusado terminantemente a ler por conta da época que se passa a história. Esse lance de judeus e Hittler e Nazismo, é sempre algo muito pesado prá mim, geralmente me deixam mal. Porém, ganhei um terceiro exemplar da minha comadre e grande amiga (valeu, Márcia) e decidi que era hora de passear pelas páginas desse livro. E não me arrependi. Um dos melhores livros e mais poéticos que já li na minha vida. Quando virei o livro (coisa que ainda não tinha feito) e li aquela frase na contra-capa: "Quando a morte conta uma história você deve parar para ouvir", aguçou a minha curiosidade a tal ponto que eu sabia que não poderia mais fugir. E li, e me envolvi, e me deliciei com a história contada pela "Morte"... Cara, que ideia genial colocar a Morte como narradora, principalmente nesse período negro na história da Humanidade. E ela era de uma delicadeza e de uma sutileza na sua narrativa que era impossível vê-la com olhos que não fossem de compaixão e piedade. E, apesar de tudo, o final consegue ser tranquilo e apaziguador. Sim, livro fantástico! LIVRO, não filme! O filme eu dormi no meio...

Foram esses os meus livros de 2014. Já comecei o repertório deste ano... Vamos dizer que minhas férias estão sendo bem produtivas... Daqui há 12 meses eu volto a falar disso.


Tuesday, January 06, 2015

Deus não está morto


Vou começar o ano assim, sem dar Feliz Ano Novo para ninguém... Afinal, passou o Natal e eu também não deixei meus votos aos meus leitores (que são poucos, mas muito importantes para mim.)

Faz tempo que não escrevo, por isso, vou continuar como se nada tivesse acontecido e o meu último post tivesse sido escrito na semana passada.

Perdoem-me pela falta de paciência e consideração dos últimos meses... O segundo semestre de 2014 foi, deveras, complicado e conturbado demais, até mesmo para escrever.

Porém, vamos ao titulo do meu post. Sim, é sobre o filme. Atento aqui para possíveis "spoilers".

Depois de ver inúmeras pessoas das redes sociais (e até da minha família) colocarem comentários positivos sobre o filme em questão, decidi que era hora de eu assistir para ter meu próprio parecer.

A história gira em torno de um professor universitário que se diz ateu e exige que todos alunos da sua grade assumam por escrito que "Deus está morto" e assinem embaixo para que a aula prossiga para o próximo passo sem maiores discussões. Mas, claro, há um Cristão que se recusa a fazer isso e acaba sendo desafiado pelo professor a provar seu ponto de vista para que o resto da sala possa julgar a existência ou não de Deus,

Achei a ideia ótima e me aventurei a assistir na expectativa de que o filme traria algo novo e inusitado a respeito dessa antiga discussão. Eu tinha certeza que a existência de Deus seria provada, porém, aguardava um debate com argumentos novos que realmente fizessem um ateu crer em um Ser Onipotente e Onipresente que criou o Céu a Terra e toda Criatura.

Qual não foi minha decepção ao perceber que o filme apresenta apenas mais do mesmo. Os mesmos argumentos, embasados na Bíblia Cristã que, definitivamente, não vão convencer um real ateu de que o ponto de vista dele deve ser reconsiderado.

Alguns pontos do filme que realmente me incomodaram:

- O filme dá a entender que todo ateu só não acredita em Deus porque em algum momento da vida não teve suas preces atendidas. Como no exemplo, um doente terminal não ter sua vida poupada por conta das orações de um menino de 12 anos aterrorizado pelo fato de perder a mãe tão cedo. Não acho que todo ateu tenha realmente uma experiência frustrante com Deus (ou a falta Dele) para ter essa posição. Acredito que existam pessoas que não acreditam porque simplesmente não acreditam... E ponto.

- Você precisa ter alguém doente na família para voltar seu pensamento a Deus e retomar sua fé. Ok, sabemos que isso acontece. E muito. Mas cadê aquelas pessoas que veem Deus nas coisas boas da vida sem serem chatas e pedantes? Cadê as pessoas que celebram a vida sem ter que ficar reafirmando a existência de Deus a cada 5 minutos? No meu ponto de vista, faltou apontar um pouco das coisas boas feitas por Ele. As pequenas coisas, as mais simples... Nelas também encontramos muitos traços do Criador.

- Você precisa estar à beira da morte para aceitar Jesus e poder ser salvo. E nesta perspectiva sou obrigada a concordar com uma charge que caminha pelas redes sociais que diz: "Ninguém é ateu quando o avião começa a cair".

- Você só vai encontrar sua fé quando descobrir que tem uma doença terminal e não tem mais de onde tirar forças e esperanças. E, sério, a personagem que passa por isso não está relacionada a nada do filme. Entendo sua existência ali por conta do roteiro que fica o tempo todo batendo na mesma tecla, mas ela é perfeitamente descartável e redundante.

- O debate caloroso entre os dois protagonistas, o bem e o mal, o Diabinho e o Anjinho, chega ao seu ápice quando o bom rapaz faz com que o professor admita que odeia Deus e não que não acredita nele e que seu ódio só pode ser reafirmado com a descrença dos demais. E por fim, ele termina com a afirmação que não poderia ser mais óbvia: "Tudo gira em torno de acreditar ou não."

Sério mesmo que é assim que as pessoas querem "converter" ateus ao Cristianismo?

Desculpa, acredito em Deus e nem passa pela minha cabeça duvidar da Sua Existência, mas não tenho intenção de converter ninguém. Acho que o respeito  à opinião do próximo já me faz Cristã o suficiente para, pelo menos, não merecer o inferno. (Que fique claro que não acredito no inferno).

Se cada um fizer o seu papel e seguir dois, apenas os dois primeiros mandamentos deixados por Deus, não precisaremos nos preocupar com guerras, violências gratuitas ou qualquer ato ilícito.

Quem ama a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, não transgride os demais mandamentos. E isso eu aprendi nas minhas aulas de Catequese, quando eu ainda era Católica. Eu troquei de religião sim, mas o Deus é o mesmo e os ensinamentos que tive continuam a servir,

Por isso eu escolhi servir ao meu irmão necessitado, seja deste mundo ou do outro. Ajudar na evolução física e espiritual. É isso que me faz bem, é isso que me aproxima de Deus no meu entendimento.

Porém as pessoas estão mais preocupadas em apontar o dedo e te julgar mais pela sua religião, do que pelas suas ações.

Canso de ouvir que religião é uma das coisas que não se discute. Sabe por que não? Porque as pessoas não querem discutir religião para compreender como funciona a do outro e sim para impor a sua, As pessoas já te perguntam como funciona a sua religião elaborando argumentos para te mostrar o quanto você está errado de seguir doutrina tal e não a mesma que ela segue.

Entendo que Jesus disse: "Ide pelo mundo e pregai o Evangelho a toda criatura."  Mas não entendo que ele quis dizer: "Condena a religião de teu irmão e impõe a tua,"

O Evangelho nada mais é do que o Amor de Deus e a Caridade para com todos. E com isso, voltamos aos dois primeiros mandamentos.

Menos religião e mais Deus nas nossas vidas, Menos palavras e mais ações.

É o meu desejo para 2015.

Feliz Ano Novo, amigos!