Sunday, March 02, 2008

Um acróstico auto biográfico


Há tempos atrás tinha começado esse acróstico, antes mesmo de imaginar que passaria por tudo que passei. No início eram apenas palavras esquecidas na última folha de um caderno de faculdade, ora rimando, ora não. Hoje, quase 11 anos depois, com um ajuste aqui, outro ali e terminando os últimos versos, fico abismada com a minha previsão. Eis aqui esse acróstico que sem querer (ou não) se encaixou perfeitamente aos acontecimentos atuais da minha vida.

No meio do caminho da minha vida

No meio do caminho da minha vida
Onde a esperança já não habitava meus sonhos
Minha alma já não sentia a primavera
E meus olhos do horizonte enxergava tão pouco

Interpelou-me o tempo: "O que estais a fazer?
O sopro de sua juventude já não floresce
Deixe o sol nascer, segue em frente
Olhe o amor que aos poucos acontece."

Claramente num estalo pude ver
A luz de um olhar que procurava
Mais do que os carinhos de um dia
Indagando do porquê tão sozinha eu estava


Numa reviravolta repentina
Heis que surge uma nova vida
O sonho renovado de esperanças
Desejo de fantasias há muito esquecidas

Ah, como a saudade é traiçoeira
Mostra amor onde há ilusão
Ilusão de felicidade desmedida

Nuvens se dissipam do meu coração
Hoje me renovo tão agradecida
Ao ocaso de verão onde renasceu a vida!

(Viver como se fosse o úiltimo dia
Intensa e deliberadamente
Deixando que as estrelas me guiem
Aos caminhos abertos do presente)

Patrícia - fev/2008

2 comments:

Marinho said...

Encontrar-se, se definir. Quem sou eu? Mas quem sou eu?
Buscar dogmas, filosofias, escapismos pro sofrimentpo. Ainda sou eu. Mas quem sou?
reflexões que amadurecem, que evoluem, que clareiam. As perguntas podem até não ser respondidas, mas estão cada vez mais bonitas...

Deise Daros said...

Lindas palavras, Paty!
Parece que escreveu um pouquinho sobre mim, principalmente no que tange à ilusão!
Gostei mesmo é do final, sempre bom se renovar, ainda mais com um amor no coração!
Beijos