
Mas já era tarde... Aquela mulher sem família, sem lugar fixo, sem tempo prá mais nada, já estava a sete palmos, coberta pela culpa de ter dito não antes mesmo de ter chegado ao altar, por ter passado pelas principais cidades do mundo e não ter sequer uma foto com a Torre Eifel ao fundo ou uma onde ela apareceria tentando segurar a Torre de Pisa.
Foi ali, com aquele resultado na mão que nasceu Luciana, jovem e viva, que decidiu olhar não só para frente, mas para os lados. Aquela que adiou a reunião em Tóquio para almoçar com o irmão, cunhada e sobrinhos. Aquela que, no dia de sol, errou o caminho do trabalho e foi parar no litoral com os amigos, comendo peixe à beira do mar. Aquela que marcou um dia a mais na viagem de negócios para conhecer a Ilha da Liberdade e constatar a Liberdade Iluminando o Mundo.
É interessante que a vida nos leva a morte, mas melhor ainda é constatar que da morte pode nascer a vida. E ao trocar o olhar sério pelo brilho de um sorriso, até a esperança de um novo amor reacendeu meu coração.
Quanto tempo dura o amor? Eu não sei, mas se a morte é apenas uma viagem, esse amor eu levarei comigo.
Quanto tempo dura a felicidade? Eu não sei, mas se o amor caminha ao meu lado, não há como não ser feliz.
Quanto tempo dura a vida? Eu não sei, mas com certeza será eterna para aqueles que foram plenamente felizes.
E não... não é difícil ser feliz. A felicidade é uma daquelas coisas que você encontra quando para de procurar... Assim como o amor... Assim como a vida.
Eu encontrei a minha, mas tive que encarar aquele resultado de exame primeiro. E você? Vai esperar a Dama Branca bater à sua porta? Cuidado, ela não costuma avisar quando está chegando, por isso, colham logo os seus botões de rosas, porque a pior queda é a morte em vida, e se há vida, jamais existirá a morte!
O exame? Deu negativo... É por isso que eu vivo!
Meu nome é Luciana e eu falei!"
Pense nisso!
2 comments:
Meu nome � Ulisses. Um apaixonado pela vida e entendo que o in�cio da vida pode ser sim no seu final ou at� mesmo o contr�rio... Quem s�o esses mortais querendo impedir o ciclo natural da improbabilidade e do delicioso caos.
Um sil�ncio de reflex�o, uma ansiedade a saber quem bate na porta e a alegria de ver a Dama Branca... A felicidade � como um quebra-cabe�a com pe�as infinitas: s� voc� pode dizer quando est� pronto ou n�o
Meu nome � Ulisses e eu falei!
Com certeza. Não há morte mais cruel!
Adorei seu blog, mas este texto em especial me tocou profundamente. Estou tentando ressuscitar.
Vi seu comentário sobre um texto do Hudson e vim até aqui ler os seus. Adorei!!!
Post a Comment