Inundada de palavras... É assim que me sinto, que tenho me sentido. Tem tanto que eu gostaria de dizer, mas acho que a vasilha ainda não transbordou. Espero ansiosa pelo dia que irá. Que eu simplesmente abrirei a boca e elas sairão, livres como borboletas para buscar o mundo, buscar seu destino e pousar lá no vento para que ele faça o seu trabalho de espalhá-las pelos quatro cantos.
Eu tento, busco rimas, ficções, metáforas. E elas estão todas ali, eu sei. Mas se recusam a sair. Ficam apenas me sufocando... Por quê?
Antigamente era tão fácil. Brincar com palavras era um passatempo deveras divertido. Era só pegar na caneta e as palavras brincavam na minha cabeça saltando da ponta da pena para o papel. Hoje pego meu caderno e o que aparece são as contas para pagar, a aula a ser preparada, o x vermelho que traz o 0 na prova ou o certo que precede o 10.
Como é difícil deixar a rotina de lado e permitir o coração falar... Ou então, ele já cansou de tanto gritar e nós não ouvirmos por estarmos sempre prestando atenção no cinza da realidade.
Ah, sinto falta das cores, do arco-íris no papel que dançava suas cores sem as preocupações do mundo adulto.
Acho que é esse meu simples desejo para 2013. Uma aquarela e a tela branca... E palavras transbordando para inundar minha vida com as cores que ainda vivem dentro de mim.
Em busca do pinhão perdido
3 years ago
1 comment:
impressionante, as palavras parecem todas elas imãzinhos em polos opostos aos nossos, onde a gente passa elas escorregam para longe
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